
Estava deitada Com seus negros cabelos soltos ,Seu negro vestido que dançava ao vento. Mergulhou no profundo de seus sonhos Onde suas dores eram reveladas,Gritadas e abafadas pela escuridão A última espada a imortalizou Ao atravessar seu frágil coração Num instante a dor foi dissipada Suas mágoas e infortúnios esquecidos O sangue jorrou escuro como a noite E brilhava como um espelho ao sol Seu grito agonizante foi abafado Pela anestesia que a morte proporcionou Libertadora , envouveu-lhe o corpo E soltou suas cadeias...Seu cérebro parou e suas lembranças se foramLançaram-nas no lago do esquecimento Sua alma elevou-se aos imortais montes Onde brota justiça e salvação Foi salva e pode ver a eterna fonte Das águas que inundavam sua solidão Morreu para viver...Escureceu para ver a luz...E aprendeu a diferença entre amor e ilusão Como o sol que reluz Apareceu-lhe a vida além todo o pranto E morria pela vida nova que começavaSem dor e sem espanto...Era não mais por si que sofria,Nem pelo mundo ou o que amava...Algo novo a jovem vivia:Encontrara o que vida lhe dava!De súbito levantou-se E estava na cama como antes Na boca tinha o gosto doce Daquela palavra brilhante...Ao seu lado, a Bíblia E então, abriu-a de relance E como se sonho ainda fosse Leu-a com temor e amor:" Desperta, ó tu que dormes .Levanta-te de entre os mortos E Cristo te iluminará" (Ef 5:14)
Laiz Carvalho
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